Vaccicheck – testando os anticorpos do seu cão!
Será que o meu cão precisa tomar vacina este ano?
Essa é uma pergunta que eu adoraria ouvir com freqüência em
meu consultório, pois isso indicaria que os tutores e cuidadores estariam a par
dos novos protocolos vacinais recentes, com intervalos entre vacinas bem mais
flexíveis do que os de ANTIGAMENTE. Esse antigamente em letras maiúsculas é
proposital, pra dar ênfase a que esses protocolos são antigos, devem cair no
desuso e serem abolidos diante de tantas evidências científicas relacionadas à
falta de necessidade dessas repetições ou reforços vacinais tão freqüentes e
danosos.
A criação de protocolos vacinais com intervalos maiores do
que 1 ano é capaz de causar grande controvérsia não só no meio médico como
também entre os cuidadores e tutores de cães e gatos. A rotina vacinal anual
estabelecida anteriormente a fim de proteger cães e gatos de doenças
infecciosas que ameaçavam suas vidas sofre atualmente muitas críticas, advindas
de grupos de estudo internacionais preocupados com a utilização abusiva desse
segmento farmacêutico, por identificarem hoje uma grande quantidade de efeitos
negativos causados pela supervacinação sobre a saúde dos pets, No site da WSAVA você encontra as diretrizes para vacinação de cães e gatos em português!
Dessa forma, a titulação de anticorpos produzidos em vacinações anteriores ou
em exposição natural ao vírus em questão, para identificar a necessidade de
vacinas e os intervalos mais adequados entre elas, se faz cada vez mais
necessária quando o assunto é “ Devo ou não vacinar meu bicho de novo esse
ano?”
Para ajudar veterinários, tutores e cuidadores
de cães nessa difícil tomada de decisão, chega ao mercado o Vaccicheck
que é um teste sorológico desenvolvido para identificar e correlacionar títulos
de anticorpos com imunidade. O teste importado disponível hoje no mercado
brasileiro é capaz de avaliar a presença de anticorpos contra a cinomose canina
(CDV), o parvovírus canino (CPV) e o adenovírus canino (CAV), que são as
vacinas classificadas como essenciais. O resultado positivo indica que o
paciente tem níveis protetores de anticorpos contra o vírus, ao passo que o
resultado negativo indica que o paciente não tem níveis protetores de
anticorpos contra as doenças em questão.
Segundo classificação internacional de vacinas em essenciais
(core), não essenciais (non-core) e não recomendadas, que você pode acessar no
site da Associação Mundial de Veterinários de Pequenos Animais (WSAVA), esse kit viabiliza a identificação da necessidade ou não de reforços vacinais
no próprio consultório veterinário das vacinas recomendadas, exceto a raiva que é obrigatória por lei em todo o território nacional. Então
agora em vez de levar o peludo pra vacinar todos os anos, que tal fazer o teste
junto com um bom check-up geral de saúde e decidir junto com seu veterinário se o seu bicho deve ou não ser vacinado?
Em que situações devo fazer o Vaccicheck no meu cão?
- · Para avaliar se um cão jovem respondeu adequadamente a série de vacinação inicial (geralmente 3 doses) e está protegido. No caso de não haver uma boa resposta ao estímulo vacinal pode-se chegar a conclusão da necessidade de nova dose.
- · Determinar se um cão vacinado ainda apresenta anticorpos após o período determinado pelo veterinário para seu retorno para uma nova vacina.
- · Determinar se o animal resgatado/adotado/herdado maior do que 4 meses tem ou não a necessidade de ser vacinado novamente.
- · Verificar o estado de imunização de animais introduzidos em abrigos onde o risco de infecção é maior, permitindo separá-los em suscetíveis ou não.
- · Controle e separação de animais susceptíveis em um surto em abrigo ou criatório.
- · Avaliar a necessidade de fazer reforço em animais com reação adversa a vacinas anteriores.
Aproveitando mais um precioso fragmento de texto do site Cachorro Verde, vamos tentar entender por que é importante titular anticorpos contra
cinomose, parvovirose e hepatite infecciosa canina e não contra todas as outras
doenças para as quais existem vacinas:
·
“Coronavirose
(presente na V6, V8 e V10) – causa uma infecção intestinal bastante branda em
filhotes de cães de até 2 meses de vida e a vacina protege por 9 anos ou mais.
·
Leptospirose
(presente na V8, V10 e na vacina que protege exclusivamente contra lepto) – se
o cão corre risco de se infectar, deve receber a vacina anualmente ou mesmo
semestralmente. Vacinas não-virais (e a lepto é causada por bactéria) protegem
por até 1 ano.
·
Leishmaniose
– se o cão corre risco de se infectar, deve receber a vacina anualmente.
Vacinas não-virais (e a leish é causada por protozoário) protegem por até 1
ano.
·
Parainfluenza
(presente na V6, V8 e V10) – infecção viral de bom prognóstico. A vacina
protege por 9 anos ou mais.
·
Adenovirose
tipo II (presente na V6, V8 e V10) – infecção viral em geral de bom
prognóstico. A vacina protege por 9 anos ou mais.
·
“Tosse
dos Canis” – se o cão corre risco de se infectar, deve receber a vacina
anualmente. Vacinas não-virais (e a “tosse” pode ser causada por bactérias)
protegem por até 1 ano.
·
Giardíase
– é atualmente considerada não-recomendada pelos pesquisadores por sua baixa
eficácia preventiva, pela curta duração de sua proteção e porque a doença tem
tratamento e, em geral, bom prognóstico.
·
Raiva
– embora exista no Brasil o serviço de titulação de anticorpos contra raiva e estudos comprovando cientificamente que a vacina anti-rábica protege por no mínimo 3-5 anos, a nossa legislação exige o reforço
anual contra essa doença."
Na dúvida se deve ou não vacinar seu peludo? Leia,
estude e informe-se sobre o assunto. A Dra. Sylvia Angélico disponibilizou seu TCC "Novas diretrizes vacinais para cães – uma abordagem técnicae ética" em português explicando muitos pontos importantes sobre o assunto. Aproveite!
Fontes: TEIXEIRA, M.ZULIAN. Fundamentação Imunológica da Teoria
das Vacinoses. Revista de Homeopatia (Publicação Associação Paulista de
Homeopatia) vol.68, no.1-2/2003, pág 29-46
PITCAIRN,R.H. A New Look at the vaccine Question. Disponível em http://www.drpitcairn.com/talks/looking_at_vaccines.html , acesso em : 02/03/2007b
HAMILTON, D. Vaccinations in Veterinary Medicine: Dogs and Cats. Disponível em: http://www.shirleys-wellness-cafe.com/petvacc2.htm#hamilton , acesso em 01/07/2007
LITTLE, D. The Prevention of Epidemic Diseases by Homeopathy. Disponível em: http:// www.simillimum.com/education/little-library/index.php , acesso em: 22/06/2007b
PITCAIRN,R.H. A New Look at the vaccine Question. Disponível em http://www.drpitcairn.com/talks/looking_at_vaccines.html , acesso em : 02/03/2007b
HAMILTON, D. Vaccinations in Veterinary Medicine: Dogs and Cats. Disponível em: http://www.shirleys-wellness-cafe.com/petvacc2.htm#hamilton , acesso em 01/07/2007
LITTLE, D. The Prevention of Epidemic Diseases by Homeopathy. Disponível em: http:// www.simillimum.com/education/little-library/index.php , acesso em: 22/06/2007b
Quer saber mais ainda? Dê uma olhada nesse post do
Cachorro Verde